A ÁRVORE DA GENTILEZA
A velha árvore em frente à minha casa foi completa, correta, perfeita, extremamente gentil – ao desabar depois da tempestade não prejudicou ninguém.
Para não atrapalhar o trânsito caiu no meio-fio, para não amassar um carro segurou-se na fiação e galhos, para não por em risco a vida das pessoas não se agarrou no cabo de alta-tensão, não caiu sobre minha janela – foi perfeita, morreu heroicamente e nobre.
Nem sei quantos anos ela estava ali, belíssima, portentosa. Vai fazer muita falta, para mim, para os pássaros que nela se abrigavam.
Para homenageá-la no seu túmulo recitei:
A velha árvore em frente à minha casa foi completa, correta, perfeita, extremamente gentil – ao desabar depois da tempestade não prejudicou ninguém.
Para não atrapalhar o trânsito caiu no meio-fio, para não amassar um carro segurou-se na fiação e galhos, para não por em risco a vida das pessoas não se agarrou no cabo de alta-tensão, não caiu sobre minha janela – foi perfeita, morreu heroicamente e nobre.
Nem sei quantos anos ela estava ali, belíssima, portentosa. Vai fazer muita falta, para mim, para os pássaros que nela se abrigavam.
Para homenageá-la no seu túmulo recitei:
POEMA
A árvore era grande é linda;
Passou a vida inteira molhada pela chuva e queimada pelo Sol;
Foi empurrada pela tempestade que a inclinou;
Foi excluída da vida antes do tempo.
Uma árvore caída é uma criatura sem vida.
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